quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Cachaça



Em tudo que penso, ensaio, faço
Fica um resumo, uma essência
Fica o que de mim, destila a vida
Fica o que falo, leio, escrevo
Essa aguardente do coração
Esse mosto de cascas e sementes
Que embriaga quem se aproxima
É composto de livros e olhos
De letras, línguas e mentes
De lembranças (sementes)
E é curtido na vivência da palavra
Na errância do caminho
Nos calos da estrada
Na constância dos propósitos
No descrédito do destino
O que me faz caminhar
É sentir que o torpor, a embriaguez
Estão sempre a me levar

De volta ao começo...

A poesia fez que foi e acabou não "fondo"...

Camaradas,
Depois de longo e tenebroso in(f)verno intelectual, no qual pastavam juntos o cavalo descontente e a vaca carente, tentarei de nuevo mostrar mais alguma coisa procês. Nem sei se conseguirei, pois com essa porra toda acontecendo, a inspiração acaba indo para o beleléu. Vou usar esse blog, também como diário, ou semanário, ou mensário, ou o caralho, tentando, além de escrever um pouco de poesia, mostrar a merda em que se encontra minha cabeça, ou não se encontra, perdeu-se de vez...sei lá, vamos seguindo...