domingo, 31 de maio de 2009

CATADORES DE SONHOS

Airton Mendes (05/2009)
Recolher os restos
As sobras do progresso
Migalhas da grandeza
Não foram para baixo do tapete
Tanto incomodam agora
E sempre, e sempre

Roupas que outros corpos vestiram
Sapatos de outros pés
Cigarros de outras bocas
Governos de países distantes
Se mostram na parede
E sempre, e sempre

A vida vai passando
Vai o dia, vem a polícia
Vai a noite, vem a fome
Vão os carros, vem o frio
Amanhã tudo se repete
E sempre, e sempre

Os sonhos, todos eles,
Vão dentro da carroça
Que vazia está
Sempre.

Um comentário:

Unknown disse...

OLÁ AIRTON. GOSTEI MUIIIIIIITOOOO. VC. É UM POETA! MESMO! DE VERDADE! UMA SENSIBILIDADE MUITO GRANDE ESTÁ PRESENTE NAS POESIAS QUE LI. ACREDITE! SUA FORMA DE ESCREVER E EXPRESSAR SENTIMENTO ME EMOCIONO. BJÃO. TIDA