domingo, 13 de janeiro de 2013

dor e prazer



Airton Mendes (08/2012)
Esta vida
supostamente minha
às vezes me traz indagações
que preferia ficassem trancadas
no sótão
ou no porão
da guarida da existência

Uma delas -que admito-
gostaria manter presa
é o contraponto
dor e prazer:

Qual o porquê
de levar ao extremo
do suportável
(da dor ignara
e do prazer ignavo)
este corpo que
creio meu?

E se sendo
tornam-se justos
os novos prazeres
e as velhas satisfações?

E não sendo:
em que recôndito
baú do caráter
estará trancada

A consciência?

Nenhum comentário: